Em entrevista após a primeira etapa da reunião desta quinta-feira (24) para votação de requerimentos e o depoimento do sargento Luís Marcos Reis, o presidente da CPMI disse não ver motivos para que os trabalhos sejam prorrogados. A comissão foi criada no dia 18 de maio com o prazo de 180 dias para concluir as investigações a respeito dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília.
"Eu acho que não há motivo para ter prorrogação. Nem o governo e nem a oposição estão interessados em uma prorrogação. Penso que estamos de fato nos encaminhando para um entendimento geral de que outubro seria um prazo razoável para que todas as oitivas e documentações sejam analisadas e possamos chegar a um relatório final, mesmo que esse relatório possa ter conclusões divergentes" disse Arthur Maia.
Sobre os requerimentos que podem vir a ser votados nas próximas reuniões, o presidente da CPMI disse esperar poder fechar um acordo com membros do governo e da oposição para que selecionar os personagens mais importantes a serem ouvidos em futuras oitivas. Maia lembrou que a comissão tem apenas mais 11 reuniões pela frente até o fim do prazo regimental para o seu funcionamento.
"Hoje votamos requerimentos que basicamente eram consensuais. Eu espero que daqui para a semana que vem, a gente consiga fechar um acordo para selecionar as convocações que são mais importantes, para concluir o trabalho, porque como estamos prevendo mais 11 reuniões da CPMI. Eu acho que agora é o momento de afunilamento, de nós identificarmos o que de fato é mais importante, para que possamos todos chegar a uma conclusão", afirmou o deputado Arthur Maia.
A CPMI ainda tem pendentes de votação um total de 1122 requerimentos apresentados pelos deputados e senadores do colegiado.
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